Café, a bebida brasileira

Talvez nenhuma bebida consumida no Brasil esteja tão próxima de ser considerada a verdadeira bebida nacional quanto o café. Não apenas porque o cafezinho faz parte da rotina diária de milhões de brasileiras, tanto no desjejum, como no meio da manhã ou tarde, após o almoço ou depois do jantar. Não só porque apreciamos o café a qualquer hora do dia, mas porque o Brasil é o maior produtor da bebida no mundo.

32% do café que é bebido em todo o planeta vem do Brasil. No mundo, somente os Estados Unidos consomem mais café do que nós. E, embora não tenhamos nenhuma grande empresa entre as maiores exportadoras mundiais da bebida, somos os líderes na produção mundial há cerca de um século e meio. Vietnã e Colômbia vêm bem atrás nesta classificação.

Apesar de brasileiríssimo, o cafeeiro não é originário do Brasil: vem da Etiópia, região nordeste da África, e se espalhou primeiros pelos países árabes. Seu efeito estimulante é conhecido há mais de um milênio: a história mais conhecida e antiga a respeito disso é que um pastor egípcio havia notado que seus carneiros e vacas ficavam mais agitados sempre que comiam o fruto e as folhas de um cafeeiro. Somente no século XVI, na atual região onde se localiza o Irã, é que seus grãos passaram a ser torrados e consumidos como hoje fazemos.

O cultivo de café origina-se do Século VI, no Iêmen, onde as pessoas consumiam o fruto do cafeeiro. Para o cafezinho nosso de todas as horas, porém, o que se aproveita é a semente. Os frutos são colhidos quando estiverem maduros, normalmente em cor avermelhada, mas sua polpa é retirada a fim de que somente a semente seja utilizada. Esta é secada e torrada. O grau de torra determinará se o café terá sabor mais forte ou mais fraco.

O consumo moderado de café (até quatro xícaras por dia) traz diversos benefícios à saúde, em relação a problemas como mal de parkinson e depressão, além de auxiliar o desempenho escolar e no trabalho. Úlceras são problemas que surgem do excesso do consumo de café, mas problemas como infarto, câncer de mama e aborto não estão necessariamente associados ao consumo de cafeína.