Quem foi Pepino, o Breve?

A garotada que começa a estudar História sempre se depara com Pepino, o Breve, ao aprender as primeiras lições sobre a Idade Média. O nome incomum gera risadas e curiosidade nos mais novos, e é sempre lembrado pelos mais velhos por ser inusitado. Mas afinal de contas, por que Pepino? Por que breve? Quem foi Pepino, o Breve?

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Comecemos apresentando o nosso personagem. Pepino foi rei dos francos entre 751 e 768. Foi o primeiro rei da dinastia carolíngia, que teve em Carlos Magno (seu filho) seu monarca mais conhecido. Os carolíngios foram donos do poder junto aos francos por cerca de 250 anos. Entre os feitos principais desta dinastia está o restabelecimento do Império Romano do Ocidente, por Carlos Magno, no ano 800.

Pepino nasceu em 714 na cidade de Jupille, onde hoje fica Liège, na Bélgica. Entrou para a história não apenas por conta do nome curioso, mas por ter sido o homem que fez os carolíngios de fato assumirem o poder dos francos, com apoio do Papa Zacarias. Morreu em 768, dando lugar no trono ao seu filho Carlomano I, que morreria precocemente três anos depois, dando lugar a Carlos Magno, que ficaria no poder até 814.

Mas por que “Pepino, o Breve”? A primeira pergunta é de difícil resposta, afinal, Pepino era mesmo o nome do monarca. Foi dado por seu pai, Carlos Martel, e era extremamente comum em seu filho – há ascendentes de descendentes de Pepino que receberam este mesmo nome. Seu neto, inclusive, teve uma alcunha tão curiosa quanto a dele próprio: era conhecido como Pepino, o Corcunda. Não é tão conhecido por não ter virado como rei.

Quanto ao “Breve”, trata-se de uma alusão à sua baixa estatura. Embora não haja uma informação oficial a respeito de sua altura, ele era considerado baixo para os padrões reais da época.