Mitos e verdades sobre a nutrição

A nutrição está na moda. A imprensa em geral dedica grandes espaços para apresentar dietas saudáveis para emagrecer, engordar, retardar os efeitos do envelhecimento e auxiliar a forma física. No entanto, muito do que se fala é pura lenda. Vamos conferir o que é mito e o que é verdade.

Em geral, para emagrecer, as pessoas tentam fazer valer a lei do menor esforço. Mas nenhuma das dietas mágicas funciona: da alface, da sopa, e até uma atribuída ao médium Chico Xavier, que há tempos circulou na imprensa. Tomar água em jejum também não contribui em nada para perder peso. A água é excelente para garantir o bom funcionamento do organismo, hidratar a pele, retirar toxinas, etc., mas não tem nenhum efeito sobre os quilos extras.

Comer carboidratos à noite não aumenta o peso. O único problema é jantar imediatamente antes de deitar-se: o corpo desacelera, a digestão fica prejudicada e parte das gorduras ingeridas vai se depositar nos famosos pneus e culotes.

Para emagrecer, o negócio é fechar a boca, certo? Errado. Ficar sem comer deixa o metabolismo mais lento, o que dificulta a queima de calorias. O ideal é reduzir a quantidade de alimentos nas refeições principais e fazer lanches entre elas, para saciar a fome.

Banana faz bem para cãibras. E água de coco também. Os dois alimentos são ricos em potássio, cuja carência provoca as dores. Mas as cãibras podem ser provocadas por falta de cálcio (é a causa mais comum durante exercícios físicos ou esforços), e a solução é a ingestão de laticínios.

Vinagre de maçã, semente de chia e óleo de coco estão na moda. O vinagre parece estar relacionado à aceleração do metabolismo a realmente pode contribuir para emagrecer, mas também pode agredir a mucosa gástrica. A chia é rica em fibras e melhora o funcionamento dos intestinos. Uma colher de óleo de coco tem 110 calorias; portanto, a menos que ele entre na dieta substituindo outro alimento (o azeite, por exemplo), vai provocar aumento de peso.

Gemadas fazem bem para as crianças. O ovo e o açúcar são energéticos e contribuem para acelerar o metabolismo. O problema é que o ovo cru pode estar contaminado por salmonelas, que provocam diarreias e podem levar até à morte. Os ovos podem ser contaminados na granja, no empacotamento e até nos supermercados, por falta de refrigeração e ventilação. É melhor comê-los cozidos.

A partir dos 30 anos, o ser humano começa a perder massa muscular, o reduz gradualmente a atividade metabólica. Atum, sardinha, salmão, folhas verde-escuras e diversas frutas são alimentos energéticos e equilibram os processos orgânicos. Mas para ganhar massa muscular, o único jeito é malhar: não existe alimento que, por si, garanta um corpo sarado.

Uma dieta saudável, com proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais, aliada à prática regular de exercícios físicos, é o suficiente para manter o corpo em dia. Quanto mais colorido for o prato, melhor.