Erros que podem levar um negócio à falência

O empreendedorismo está em alta no Brasil. Cada vez mais pessoas deixam de empregadas para gerir seu próprio negócio. No entanto, a maioria não tem experiência, nem busca se qualificar para desenvolver as atividades. Cometem erros banais, que, acumulados, levam o negócio à falência.

A má gestão, e mesmo a falta total de gestão do negócio, é a principal causa das falências. Muitas micro e pequenas empresas são abertas apenas em função dos dotes pessoais: por exemplo, um bom cozinheiro decide abrir um restaurante; as habilidades culinárias não são suficientes: é preciso cuidar dos recursos humanos, estoques, divulgação da empresa: são muitas as tarefas administrativas.

A escolha do ponto também é importante: é preciso conhecer o público, identificar a faixa etária, renda salarial e mesmo características culturais dos clientes em potencial para adequar-se à demanda. Com o negócio já funcionando, é preciso ter a sensibilidade necessária para identificar alterações nos arredores. A abertura de uma escola nas proximidades indica que haverá mais crianças e adolescentes circulando, que podem se tornar consumidores.

O controle dos gastos

Outro erro comum é gastar mais do que fatura, sem nenhum planejamento financeiro. Mesmo quando o faturamento é alto, é preciso poupar dinheiro para fazer capital de giro, o valor necessário para fazer frente às despesas enquanto se aguarda os recebimentos – uma academia recebe as mensalidades sempre no início do mês, mas tem despesas todos os dias.

Parte do lucro deve ser aplicada, para investir no próprio negócio: aumentos de produção, ampliações e diversificação das atividades custam caro e é necessário também pensar na manutenção de imóveis e equipamentos.

As taxas de juros praticadas no Brasil estão em queda, mas ainda são das mais altas do mundo. Contrair empréstimos sem um plano bem criterioso pode absorver os lucros da empresa, prejudicando ou mesmo impedindo a compra de matéria prima e mão de obra.

Propaganda e marketing

“A propaganda é a alma do negócio”. Não é bem assim, mas é um instrumento importante para o sucesso do negócio. Comunicar-se com os consumidores é fundamental para atrair clientes. Esta comunicação tem início da programação visual do ponto de venda – fachada e letreiros agradáveis e informativos.

Micro e pequenas empresas podem investir em cartazes, além da distribuição de filipetas na região em que atuam. Cupons de descontos também atraem a freguesia, sempre sem esquecer a formação dos preços praticados. A venda com prejuízo é uma estratégia apenas para renovar estoques, e precisa ser muito bem pensada.

Empresas médias e grandes devem investir em anúncios no rádio, TV, jornais e revistas e, em tempos de globalização, a construção de um site com informações sobre a empresa, seus produtos e serviços é uma tarefa fundamental. Quase todos os compradores pesquisam na internet antes de concretizar suas aquisições.

Como se preparar

O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas –, presente em quase todas as cidades médias e grandes do país, oferece cursos gratuitos, presenciais e online, para qualificar empresários com técnicas de administração, contabilidade, recursos humanos, logística e distribuição, crescimento sustentável e mesmo gerenciamento de empresas familiares.

Empresas instaladas em cidades pequenas também podem ser beneficiar, através dos cursos virtuais e da visita de consultores, que dão dicas úteis para os empresários manter-se na ativa, empregar mais pessoas, contribuir com o desenvolvimento econômico do país e, claro ganhar dinheiro.

São centenas de opções e o SEBRAE presta assessoria para estas empresas no período de implantação e também nas futuras aquisições e ampliações do negócio. Quem está com dificuldades administrativas e financeiras também pode contar com o suporte do Serviço.