Buenos Aires é bonita dia e noite

Buenos Aires é o maior centro cultural, político, administrativo, comercial e industrial da Argentina. Localizada às margens do rio da Prata, a cidade abriga teatros, museus e bibliotecas e é um dos principais destinos turísticos do planeta.

O centro de Buenos Aires é agitado dia e noite. De dia, a Calle Florida concentra o comércio luxuoso e sofisticado. À noite, a Calle Lavalle nunca fica vazia, com restaurantes, cafés e cinemas que, nas sextas e sábados, ficam abertos durante toda a madrugada.

Os teatros da Avenida Corrientes estão sempre com novas peças, além de encenar clássicos na língua espanhola. Nas Galerias Pacífico, é possível fazer boas compras e almoçar ou jantar na praça de alimentação: são muitas opções com preços acessíveis.

Ainda no centro, o Teatro Colón é a principal casa de ópera de Buenos Aires. Foi construído em 1857 e revitalizado em 2010. Sua acústica está classificada entre as cinco melhores do mundo.

A Casa Rosada é a sede do governo argentino, em Buenos Aires, assim chamada porque, na época de sua construção, as tintas mais baratas eram à base de sangue de vaca. Conta a tradição que a cor rosa é mistura das cores símbolo dos dois principais partidos políticos do país, vermelho e branco.

A Casa Rosada, sede do Governo Argentino

Na Casa Rosada, é possível visitar o Museu da Casa do Governo. A sede do governo fica em frente à Praça de Maio, local de muitos protestos políticos, que fica anexa à Praça do Congresso Nacional (Palácio do Congresso). É possível visualizar o Obelisco da Avenida Nove de Julho e a catedral da cidade.

A Casa Rosada foi palco de importantes manifestações políticas e artísticas. Muitas cenas dos filmes “A História Oficial” e “Evita” foram gravadas na praça e sacadas do edifício.

Puerto Madero

O porto de Buenos Aires foi construído no século XIX e é responsável por escoar a produção industrial e agrícola argentina para o exterior. No entanto, gradualmente a região foi desvalorizada e até perigosa. Nos anos 1990, teve início o projeto de revitalização.

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Foram criadas novas ruas e avenidas, que receberam nomes de mulheres latino-americanas de destaque. Surgiram novos parques e monumentos. Foi investido US$ 1 bilhão, que renovou a paisagem urbana: a recuperação dos armazéns do lado oeste gerou residências, escritórios, lofts, universidades, hotéis e restaurantes.

O bairro, dividido em quatro zonas conhecidas como diques, é bastante arborizado, e conta ainda com a Reserva Ecológica e o Parque Costanera Sur. No porto, o primeiro navio argentino foi transformado num museu náutico que merece ser visitado.

Palermo

É um dos bairros mais sofisticados de Buenos Aires, e também dos mais visitados, em função de seus bosques, restaurantes, boates, o jardim japonês, o famoso zoológico da cidade, o planetário e o jardim botânico.

Jardim Botânico no bairro Palermo

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Palermo é dividido em vários setores: Palermo Chico (ou Barrio Parque) é a área mais nobre, com mansões e residências de alto padrão. Palermo Viejo é a área mais antiga, onde viveram Jorge Luis Borges e Che Guevara. A região abrigou imigrantes da Polônia, Armênia, Ucrânia e Líbano. A tradição espanhola e italiana, no entanto, é refletida nos restaurantes, igrejas, escolas e centros culturais.

O Palermo Soho é uma pequena área com escritórios e lojas de moda e design, restaurantes, bares e cultura de rua. Palermo Hollywood surgiu nos anos 1990 e concentra produtoras de TV, cinema e rádio. Atualmente, é mais conhecido pelos restaurantes, danceterias e cafés. É o ponto de encontro dos jovens portenhos.

Las Cañitas era uma grande favela no início do século XX; passou por um processo de reurbanização e tornou-se uma área de luxo. Arranha-céus, restaurantes e bares dividem o espaço com o Campo de Polo argentino. A Villa Freud é uma zona residencial conhecida pela alta concentração de consultórios de psicólogos e psiquiatras, que determinou seu nome.

O Caminito

É uma rua museu no bairro da Boca, onde fica La Bombonera, estádio do Boca Juniors. Deve seu nome a um famoso tango, composto por Juan de Dios Filiberto, nos anos 1920. É uma via de traçado sinuoso, já que originalmente era um canal que desaguava no rio Riachuelo.

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Na década de 1950, todas as casas foram pintadas com cores fortes e, em suas fachadas foram expostas obras de importantes artistas argentinos, como Roberto Juan Capurro e Israel Hoffmann. Artistas de rua oferecem retratos e caricaturas neste trajeto imperdível. À noite, cafés e bares ficam lotados.

É possível conhecer Buenos Aires em qualquer época do ano, no calor ou no frio. Aliás, cada estação do ano oferece atrações diferentes: inverno elegante e verão agradável. Pode-se chegar à cidade de avião, navio e até carro ou ônibus, numa viagem que atravessa os Estados da região Sul e o Uruguai.

A Argentina é membro do Mercosul e, por isto, não é necessário passaporte nem visto de entrada para os brasileiros visitarem o país “de los hermanos”: basta a carteira de identidade, com foto atual.