Bebê quase cego enxerga a mãe pela primeira vez, a reação é linda…

Leopold Wilbur Reppond, de quatro meses, pouco tinha visto do mundo até o início de abril de 2016. O bebê é portador de albinismo oculocutâneo, que prejudica gravemente a visão e a pele (leia mais abaixo). O garotinho, que vive em Seattle (EUA), nunca havia conseguido enxergar a família com nitidez.

Nos últimos dias, porém, a situação mudou: todas as vezes que Erin, a sua mãe, coloca os óculos especiais produzidos pela Miraflex, empresa especializada em produtos infantis, o bebê consegue ver seus parentes e, como não poderia deixar de ser, abre um belo sorriso. Por enquanto, ele não pode usar as lentes corretivas durante o dia inteiro.

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Pais coruja costumam identificar, em algumas caretas de seus bebês, o esboço de um sorriso, mas sorrir requer um aprendizado bastante lento, que tem início quando as crianças começam a se sociabilizar com familiares e amigos. No caso de Leo, no entanto, a reação foi instantânea, apesar dos quatro meses de cegueira quase total. O vínculo entre mãe e filho é muito forte, o bebê surpreendeu – e emocionou – todos à volta, inclusive a equipe médica.

Depois de alguns instantes, o bebê americano percebe que existe algo diferente e novo à sua volta e manifesta a sua alegria. Assista ao vídeo de Leopold, postado pelos pais nas redes sociais há poucos dias (é bem curtinho):

A doença de Leopold

Pacientes com albinismo oculocutâneo apresentam pelo do fototipo 1, que se queima facilmente e nunca se bronzeia. A enfermidade reduz totalmente a capacidade de suportar a exposição aos raios solares ultravioleta. Com o desenvolvimento físico, a pele passa a apresentar lesões pré-malignas, percebidas já na adolescência. A ocorrência de cânceres é bastante comum, especialmente os sarcomas.

Com relação aos olhos, os portadores desta doença apresentam fotofobia (incapacidade de olhar diretamente para a luz do Sol ou ficar em locais claros sem a proteção de óculos escuros), redução da acuidade visual (que pode ser intensa, como é o caso de Leopold; nestes casos, a miopia pode ser de oito graus ou mais), nistagmo (oscilações rítmicas e involuntária dos olhos) e pterígeo (massa de carne fibromuscular que se estende pela conjuntiva, em formato triangular).

O bebê de Seattle ainda requer muitos cuidados: não pode ser exposto ao Sol, especialmente no horário de radiação mais intensa, das 10h às 16h. Além disto, Leo vai ter de obedecer, durante a vida inteira, a uma rígida rotina de consultas médicas e exames clínicos e laboratoriais. Poder ver o mundo, no entanto, já é uma grande vitória.