Os animais que se recusam a seguir as regras da evolução

Um cão anti-social, uma aranha amigável ou uma raposa não tão esperta: esses são alguns exemplos que talvez não façam sentido pra você, mas acredite: muitos animais não dão a mínima para os estereótipos e sambam na cara da sociedade, deixando nós humanos de queixo caído.

Esse é o caso da cobra voadora. Por que raios algumas cobras teimam em voar? O estereótipo é claro: cobras rastejam, são escamosas e deslizam. Sendo assim, é simples: tendo medo de cobras, é só ir para um lugar mais alto. Mas com esses bichos que pensam que tem asas isso já não resolve, né?

Pois se você acha que isso é coisa de filme de ficção científica, não é não. De fato, algumas cobras podem mesmo “voar” de galho em galho. O nome dessa espécie medonha é Chrysopelea, e primeiro parece que elas estão caindo com tudo de um lugar bem alto (normalmente uma árvore, o que já é horrível de se imaginar), então de repente elas contorcem seu corpo até ele ficar com o formato de um S, assim ele vira uma “asa gigante” e vai longe com o vento.

Ainda não se sabe ao certo a distância que elas podem pular, mas elas são venenosas – embora os cientistas garantam que seu veneno não seja potente o suficiente para matar um ser humano. Além disso, a queda não abala em nada a bichinha, que amortece o impacto com sua cauda e, aí sim, sai deslizando por aí feito diva…

Quer ver?

E o peixe que anda na terra? Peixes tem que nadar, meus amigos, a regra é clara! Se um peixe não está na água, é porque certamente está no prato de alguém. Não é assim? Depende, não é o caso desse aqui. Esse tipo de peixe-gato, diferentemente dos outros exemplares de sua espécie, não coloca a cabeça para fora da água apenas para respirar, ver o movimento… não, ele sai caminhando (ou dançando, se debatendo, enfim) pra dar uma volta.

Ou seja, um peixe extremamente sagaz que se adaptou para sobreviver em diferentes tipos de ambientes. O Clarias batrachus usa suas nadadeiras peitorais e a cauda para deslizar pelo chão em busca de lagos mais profundos. Isso porque quando as lagoas ficam muito rasas em tempos de seca, ele sabe que é hora de procurar um lar onde fique mais fácil viver. E sobrevive graças ao oxigênio armazenado em uma câmara de ar localizada em seu arco branquial.

Enquanto sua pele estiver úmida, eles podem sair tranquilos passeando em praticamente qualquer clima. São naturais das lagoas rasas do Sudeste Asiático e da Índia, mas podem ser encontrados também em alguns estados dos Estados Unidos (Flórida, Califórnia, Georgia). Ou seja, nenhuma chance de trombar com um deles por aí, mas dá pra ver um deles andando nesse vídeo:

E o que dizer dos pandas safadinhos? Como assim safadinhos, você pergunta. Pois é, os pandas, que são o maior símbolo de fofura, beleza (quem não acha um panda muito fofo?) e ternura (pelo menos é o que reza o estereótipo), na verdade são uns safadinhos que curtem sexo barulhento e selvagem. É, isso mesmo.

Se a relação sexual é em cativeiro, o negócio é todo muito rápido e mais “normal”. Afinal, garantir um super desempenho com um bando de gente de jaleco esperando tudo acabar pra dar carne de porco como recompensa é difícil, né? Mas na natureza selvagem, ali, a céu aberto, o negócio acontece com barulho.

Funciona assim: a fêmea tá lá, super afim. Aí, ela sobe numa árvore e grita pra todos os machos ouvirem que ela quer ver a coisa acontecer. Aí, um grupo de ursos se reúne em volta da árvore pra participar de uma batalha que vai definir quem vai ser o primeiro a ter a honra. Sim, porque depois do primeiro há uma nova batalha para decidir quem será o segundo. E o terceiro. E o quarto. E assim por diante, até a fêmea pedir tempo por exaustão total.

Hmmm, nesse caso, vídeo não, né? A gente acha que uma foto é suficiente.

Ainda parecem fofos?