Por que temos crenças?

Inicialmente, as crenças surgiram como um meio de proteção. Consideremos que no passado um ancestral estava caminhando por um caminho cheio de moitas. Ele ouve um som vindo do matagal, que pode ser o vento ou alguma criatura feroz. Para se proteger, ele foge, considerando que é um bicho. Se ele acha que é o vento, passa direto, correndo o risco de ser atacado por um possível animal. Dessa forma o nosso cérebro se desenvolveu, criando possibilidades, mas sem saber o que é real e o que é imaginação, como se pudesse acreditar em tudo para se prevenir.

Tudo isso tem a ver com a criação, experiências genética. O Ph.D. em história da Ciência, Shermer, diz que o fato de acreditar em coisas que não comprovamos é ligado a esses instintos antigos. No primeiro exemplo, partindo da possibilidade de ser um bicho no mato, e não o vento, o ancestral poderia morrer. Desse modo, é como se as pessoas que tem crenças vivessem mais, por serem mais cautelosas, ou até mesmo medrosas. Como não se pode confirmar, também não dá para negar que tais seres existem. Essa é a receita para formar espíritos, ETs, religiões, tarô e sua gangue.

Tem gente que jura que tem sonhos proféticos, ou já viu espíritos. O que a ciência explica é que situações extremas como desidratação, fome e calor em excesso, falta de sono e grandes alturas podem fazer com que vultos e sons estranhos apareçam em nossa mente, por isso alpinistas normalmente tem alucinações como essas.

Mais crentes ou menos crentes

Alguns fatores determinam o fato de acreditarmos em coisas diferentes, com níveis diferentes. Como esses detalhes mudam entre as pessoas, portanto, as crenças também mudam.

Idade

Não há pesquisas que comprovem que a idade altere a capacidade de acreditarmos em qualquer possibilidade. O que se sabe é que com o passar dos anos, a racionalidade tende a aumentar, e a absorção de coisas improváveis é mais difícil. O mais provável é que pessoas jovens e idosos acreditem mais em fantasmas e companhia.

Sexo

O fator “acreditar” entre mulheres e homens não é diferente. Mas nos EUA as damas acreditam mais em espíritos e previsão do futuro enquanto os rapazes tendem mais a extraterrestres e monstros.

Inteligência

Os estudos levam a crer que QI mais alto é menos propenso a crenças. O problema é que inteligência depende da área onde aplicada, pois uma pessoa pode ter muito QI em matemática e pouco em história, enquanto outra pessoa pode ser completamente contrária.

Instruções

Em 1980 algumas pesquisas foram realizadas nos Estados Unidos e nos resultados, professores de universidades acreditam menos que outras pessoas, o que indica que o grau de instrução pode ser impactante em relação às crenças. Apesar disso, o intelectual varia, já que crenças diferentes são usadas em situações diferentes.