Top Sobrenomes Americanos – Origens e Significados

Sobrenomes americanos

Alguns são comuns, outros são curiosos. Conheça alguns sobrenomes americanos, suas origens e significados.

Nos EUA, nas relações formais, é difícil encontrar tratamentos pelo primeiro nome. Mesmo nas escolas infantis, os professores chamam as crianças pelos sobrenomes. É muito raro que as mulheres mantenham o sobrenome paterno e os filhos recebem, via de regra, apenas o sobrenome do pai.

Um segundo nome sempre é dado às crianças. Elvis Presley tinha um “Aaron”; Michael Jackson, um “Joseph” e Madonna, um “Louise”. Quase sempre, nomes do meio são homenagens a um ancestral e também uma forma de evitar os homônimos. Quase sempre, o segundo nome é abreviado ou simplesmente ignorado.

Sobrenomes americanos

De acordo com a legislação americana, não há restrições para a escolha do primeiro nome – mesmo porque esses nomes serão usados apenas em círculos domésticos; nos relacionamentos acadêmicos e profissionais, prevalece o tratamento pelos sobrenomes.

Os sobrenomes americanos mais comuns

De acordo com os registros oficiais, os 15 sobrenomes americanos mais comuns são os seguintes:

  1. Smith;
  2. Johnson;
  3. Williams;
  4. Jones;
  5. Brown;
  6. Davis;
  7. Miller;
  8. Wilson;
  9. Moore;
  10. Taylor;
  11. Anderson;
  12. Thomas;
  13. Jackson;
  14. White;
  15. Harris.

Smith é o sobrenome mais comum não apenas nos EUA, mas também no Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. A palavra significa “ferreiro”, “trabalhador de metais” – e os minérios das colônias foram muito explorados pelo Império Britânico entre os séculos 16 e 20.

Mais significados dos sobrenomes americanos

Em inglês, a terminação “son” indica a ancestralidade. Desta forma, Johnson, Anderson e Jackson significam simplesmente “filho de John (João)”, “de Andrew ou Anders (André)” e “de Jack (Juca, apelido para João).

O significado de “John”, vale dizer, é “agraciado por Deus”, em referência ao apóstolo e evangelista homônimo. Jenkins, outro sobrenome americano comum, é um diminutivo de John. Hudson é o filho de Hud, um antigo apelido usado para homens batizados com os nomes de Hugh e Richard.

Trata-se de uma regra machista. Nos países anglófonos, na genealogia, importa apenas a paternidade – a mãe é descartada na formação dos sobrenomes. Trata-se de uma herança da Inglaterra medieval, especialmente quando surgiram os primeiros núcleos urbanos e passou a ser necessário diferenciar os habitantes.

Outros sobrenomes americanos derivados de nomes bíblicos são muito comuns – afinal, os EUA são um país colonizado por cristãos. Matthews e Matthewson estão relacionados a Mateus: Simon, a Simão, Peterson, Petersen e Paterson, a Pedro, Bart e Barthe, a Bartolomeu, Thomas, a Tomé.

Outros sobrenomes americanos têm uma origem mais poética. Masterson, por exemplo, significa “filho (descendente) do mestre”. Já Cleverson significa “filho do esperto, do inteligente”. Fitzgerald tem origem teutônica e significa “filho de Geraldo, o Senhor da Lança” (um chefe guerreiro).

Alguns sobrenomes simplesmente designam objetos. É o caso de Gates (portões), Gold (ouro), Stone (pedra), Wood (floresta), Cole (pomba), Blair (planície), Cannon (canhão), Hampton (acampamento), Floyd (grisalho), Wise (sábio), Bond (vínculo, conexão).

Originalmente usadas como adjetivos ou substantivos comuns, estas palavras passaram a designar um grupo específico de pessoas, como um clã ou uma tribo. Às vezes, a origem é mítica. Por exemplo, “Humphrey” significa “o gigante que protege”.

Jefferson é um sobrenome americano que se popularizou depois da Independência dos EUA. Quer dizer “filho de Jeffrey” (ou de Jofre). É uma homenagem a Thomas Jefferson, terceiro presidente e principal autor da declaração de independência de 1776. A origem da palavra é teutônica e significa “pacificador da cidade”.

Já Washington é o nome do primeiro presidente americano, que batizou a capital do país. A palavra original também é teutônica e quer dizer “morador da terra dos caçadores”. É usado tanto como nome, quanto como sobrenome.

Profissões e origens dos sobrenomes americanos

Da mesma forma que ocorre com Smith, diversos sobrenomes americanos remetem para a profissão (o ofício) do portador. É o caso, por exemplo, de:

  • Axel – construtor de carroças;
  • Armstrong – lutador (literalmente, quer dizer braço forte);
  • Bailey – porteiro, transportador ou atendente;
  • Buchanan – corsário, bucaneiro;
  • Baker – padeiro;
  • Berry – coletor de frutas (bagas);
  • Butler – mordomo;
  • Carter – condutor de carroça;
  • Clark – clérigo, pastor ou padre;
  • Cook – cozinheiro;
  • Dean – líder do grupo (também está na origem da palavra portuguesa “decano”);
  • Douglas – pescador das águas escuras;
  • Duncan – guerreiro (misterioso);
  • Fisher, Fisherman – pescador;
  • Franklin – homem livre;
  • Goodman – homem bom (era o título dos companheiros próximos do rei);
  • Hawkings – falcoeiro;
  • Hunter – caçador (Hart é a caça: a palavra significa cervo);
  • Kelly – habitante do bosque;
  • Monroe – morador da foz do rio;
  • Murphy – guerreiro do mar;
  • Pitman – mineiro de carvão;
  • Porter – carregador;
  • Riley – agricultor de campos de centeio;
  • Sawyer – serrador;
  • Sherman – tosquiador;
  • Shoemaker – sapateiro;
  • Simpson – nobre;
  • Skinner – peleteiro, preparador de peles;
  • Taylor – alfaiate;
  • Tyler – oleiro;
  • Wallace – forasteiro;
  • Webster – tecelão.

Outros sobrenomes são ainda mais inusitados. Lewis é uma corruptela de “Ludovicus”, que significa “vitorioso nos jogos” (uma alusão às Olimpíadas). Parece que o nome deu sorte para o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton.

  • Adam – homem – é uma referência ao primeiro homem bíblico (em hebraico, significa “feito do barro);
  • Boyd – loiro;
  • Brown – marrom. Era um termo usado para pessoas que não tinham dinheiro para comprar tecidos tingidos e vestiam-se sempre com roupas marrons, da cor da lã mais comum na Inglaterra;
  • Collins – que vive na colina;
  • Davies – favorito, preferido;
  • Ford – ponte (ou trecho transitável de um rio);
  • Foster – adotivo;
  • Graham – aquele que planta grãos;
  • Hamilton – habitante de terreno descampado;
  • Harris – mordomo, aquele que governa a casa ou propriedade;
  • Michell – uma corruptela de Michael, “aquele que é como Deus”;
  • Morris – vem de “mouro”, “aquele que tem a pele escura”. Foi um dos primeiros soberanos dos muçulmanos que se fixaram na Europa;
  • Osborn, Osbourn – ateu, aquele que não crê em Deus;
  • Owen – bem nascido (é uma corruptela de Eugene, ou Eugênio, em português);
  • Perry – aguardente de pêra;
  • Reynold – conselheiro do rei;
  • Richardson – filho de Richard, que, é inglês, quer dizer “príncipe poderoso;
  • Scott – escocês;
  • Sugg – pessoa pequena (a palavra significa literalmente “ave pequena);
  • Tyler – protetor (vem do inglês antigo tigeler, que significa telha).