Mitos e verdades sobre a camisinha

Um dos principais mitos sobre a camisinha já chegou a ser recomendado para aumentar a proteção, especialmente quando um dos parceiros ou o casal é portador de Aids: usar duas durante a penetração. Isto não deve ser feito, porque o atrito entre os preservativos aumenta a possibilidade de rompimento.

Colocada corretamente e retirada imediatamente após a ejaculação (para que pênis não fique flácido e permita que o sêmen no canal vaginal), a camisinha evita a gravidez em 97% dos casos e é um excelente método para evitar Aids e várias DSTs, mas não todas. Em casos de herpes genital e HPV, os vírus podem estar alojados na virilha, saco escrotal, grande lábios, períneo e região perianal e o contato dos genitais com essas áreas pode ser o suficiente para a infecção.

Um mito criado na internet: um site bastante confiável postou a informação de que a camisinha com espermicida evita a gravidez em menos de 50%. Na verdade, é o uso do espermicida isolado que tem esta taxa. O texto foi copiado em ao menos outros quatro sites.

Muita gente pensa que não precisa de preservativo para o sexo oral: ledo engano: as doenças podem ser transmitidas através de microferidas nas mucosas.

Muitos homens se dizem alérgicos ao látex, mas não sabem que a maioria dos produtos disponíveis no mercado já não o utilizam na fabricação. Podem ocorrer processos alérgicos ao usar as camisinhas coloridas ou com sabor: pode aparecer vermelhidão e coceira. Se este é o caso, vai ser preciso renunciar a esta forma de prazer.

Algumas mulheres acreditam que podem dispensar o preservativo durante a menstruação, mas isto não é verdade. Mesmo as que têm o ciclo menstrual regular podem ter uma ovulação inesperada, ocorrendo justamente no momento no bem bom.

Casais monogâmicos também não devem deixar de usar a camisinha. Um dos parceiros pode ter sido infectado antes e não apresentar sintomas. Sem camisinha, só depois que exames médicos eliminarem todos os riscos.

Portadores do vírus da Aids podem achar que não correm mais riscos, mas a reinfecção pelo HIV pode prejudicar gravemente a saúde, e as DSTs contribuem para baixar ainda mais a imunidade.

Verdades sobre a camisinha feminina: ela pode ser colocada horas antes da transa, oferecem maior proteção contra HPV e herpes, por cobrir os grandes lábios, é bem lubrificada e feita com material mais fino que o usado na masculina.

O maior mito é achar que transar com camisinha é igual a chupar bala sem tirar a embalagem. Os preservativos atuais são bastante finos (e continuam impermeáveis) e não alteram a sensibilidade. É só usar a criatividade: colocar a camisinha pode ser até um jogo sexual. Mas lembre-se: o pênis ficou ereto, é hora de vesti-lo, mesmo que a penetração ainda demore. Os fluidos seminais já estão sendo expelidos.