Islândia: gêiseres e lagos sulfurosos no meio da neve

A Islândia (terra de neve) é um país insular europeu, situado no Atlântico norte. Tem pouco mais de 300 mil habitantes, dos terços deles vivendo em na região metropolitana de Reiquiavique, a capital. As principais cidades são litorâneas. O país está situado no topo da cordilheira submarina dorsal mesoatlântica, o que torna as atividades vulcânicas e geológicas da região muito intensas.

O interior da Islândia é um deserto formado principalmente por um planalto com campos de areia, montanhas e geleiras, que formam rios glaciais. O país está na rota da corrente marítima do Golfo, que aquece as águas ao redor da ilha e torna a costa habitável.

O povoamento da Islândia teve início no século IX, quando um líder norueguês tornou-se o primeiro habitante da ilha. Nos séculos seguintes, colonos nórdicos e celtas se assentaram na região.

Até cerca de cem anos atrás, a Islândia dependia economicamente da agricultura e principalmente da pesca. Sucessivamente, foi colônia da Noruega e da Dinamarca.

Tornou-se independente em 1918. Graças a uma forte rede de seguridade social, a população da Islândia pôde se fortalecer e o país apresentou um dos maiores PIB per capita do mundo, até que sua economia sofreu os golpes da atual crise europeia. Em 2008, o sistema monetário da Islândia foi paralisado. Mas o país já dá sinais de que é forte candidato a deixar a crise para trás.

A costa islandesa é formada por fiordes e o país criou quatro grandes parques nacionais, todos eles com nomes impronunciáveis (um deles é o Þingvellir).

O terreno da ilha, muito recente em termos geológicos, tem muitos vulcões ativos, como o Hekla, o Eldgjá e o Eldfel. Em 2011, a erupção de um deles espalhou muita fumaça por toda a Europa e vários aeroportos ficaram fechados por dias. Os gêiseres – violentas erupções de água quente – são comuns. A palavra deriva do islandês geysir. Uma das ilhas mais recentes do mundo, formada nos anos 1960, pertence a esta república.

Os turistas devem esperar o verão setentrional (janeiro a março) para visitar a Islândia. Os passeios incluem visitas à cascata de Gulfoss, glaciais, lagos sulfurosos, gêiseres e vulcões. Próximo à capital, situa-se a aldeia de Seyðisfjörður, conhecida pela vida noturna. A Islândia apresenta um dos maiores consumos per capita de álcool: cerca de 43% dos homens já sofreram intoxicações agudas pelo consumo excessivo.

A vida natural é pobre. A Islândia só tem um animal nativo: a raposa-do-ártico, que chegou à ilha caminhando sobre o mar congelado, no final da última era do gelo (dez mil anos atrás). Do milhão de espécies conhecidas de insetos, apenas 1.300 conseguem viver na “terra do gelo”.