Google Acadêmico: trabalhos escolares e artigos científicos

Versão em português do Google Scholar, o Google Acadêmico foi desenvolvido para permitir a ampliação da pesquisa de fontes para a criação de artigos universitários. É possível encontrar teses de mestrado e doutorado, literatura escolar, jornais de faculdades de excelência e artigos publicados na imprensa não especializada. Não se trata de uma ferramenta apenas para universitários, mas também para alunos da educação básica e para professores que precisam de referências para enriquecer suas aulas.

O Google Acadêmico foi lançado em 2006 no Brasil. O endereço eletrônico é www.scholar.google.com.br. O acesso também pode ser feito através da página inicial do Google e clicar em “Aplicativos”. Será aberta uma página com todas as ferramentas do site de busca.

Como em outras ferramentas de pesquisa, ele ordena os assuntos por ordem de relevância, de acordo com o número de acessos por autor, artigo, local de publicação – um material sobre engenharia aeroespacial, por exemplo, irá relacionar textos produzidos especialmente nos EUA, líder na pesquisa e viagens espaciais.

A frequência de citações é outro critério para a classificação dos artigos instalados no Google Acadêmico. É possível arquivar uma biblioteca pessoal, citações, alertas de outros pesquisadores ou estudantes sobre o material postado e publicações com mais visitantes. Na guia “Configurações”, é possível escolher quantos resultados devem ser exibidos por página, se novos resultados devem ser abertos em novas janelas e oferece um gerenciador de bibliografias, com opções para mostrar ou não links para importar citações.

As pesquisas

As informações são pesquisadas em bibliotecas virtuais, resumos de livros, sites de universidades e de pesquisadores (mas, para isto, é preciso a autorização dos autores). Seja como for, artigos de cientistas renomados são sempre replicados em diversas publicações e, por isto, é possível encontrá-los com facilidade.

Dada à crescente procura pela pesquisa virtual, diversas editoras têm disponibilizado todo o seu acervo no Google Acadêmico, mas muitas delas ainda controlam o conteúdo integral, oferecendo apenas resumos dos trabalhos publicados. O site informa, na relação de resultados, se o material disponível é um livro (geralmente em PDF), citações breves, resumos, etc.

Ao escrever o nome do médico infectologista David Uip, por exemplo, o Google Acadêmico encontrou 8.400 resultados em frações de segundo; na pesquisa de artigos sobre a SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – surgiram 15.400 instantaneamente. O procedimento é o mesmo de outras ferramentas do Google: basta digitar o interesse na caixa de diálogo (autor, artigo, instituição, etc.).

O Google é o maior site de busca da internet: desbancou o buscador Alta Vista ainda nos anos 1990 (há cerca de 15 anos), na pré-história da navegação virtual, ao menos no Brasil. O Google Acadêmico também utiliza ferramentas avançadas, como pesquisar todas as palavras digitadas na caixa de diálogo, uma citação com exatidão, pela data de publicação ou pela primeira revista a trazer o material para o público. O serviço permite refinar as pesquisas por idioma e país de publicação.

Todo o material pesquisado, caso seja de interesse do usuário, pode ser arquivado em uma biblioteca pessoal e partilhado com um grupo de estudos (ou tornado público). Como todas as ferramentas do Google, o Acadêmico é totalmente gratuito.

Atualmente, a revista inglesa Nature ocupa o topo do ranking, não necessariamente pela qualidade do material, mas também por ser uma das revistas científicas mais antigas do mundo – foi fundada em 1869. A Nature exibe atualmente 349 acessos no índice h5 e 504 na mediana h5. A primeira referência se refere ao primeiro acesso e a segunda, ao número de internautas que voltou a visitar a página consultada.

Seja como for, o Google Acadêmico, apesar de reunir muitas informações disponíveis em um clique, continua sendo apenas uma ferramenta. Assim, os estudantes precisam se organizar para a pesquisa: identificar o que estão buscando (se preciso, com o apoio de professores), o tema central da pesquisa, os temas acessórios que podem enriquecer o material – seja um trabalho de nível médio, seja a dissertação final de um curso de mestrado.

Sem foco, sem saber o que pesquisar, torna-se impossível obter bons resultados. Uma última dica: a malandragem também não compensa: não se deve copiar a íntegra de artigos e apresentá-los como sendo de autoria do aluno. Da mesma forma que o Google Acadêmico facilita a vida dos estudantes, também permite a identificação de plágios com facilidade pelos professores e orientadores.