Dostoiéviski o maior escritor de todos os tempos

Fiódor Mikhailovich Dostoiévski esse é o nome de um dos escritores mais geniais e mais polêmicos que o mundo já viu. Suas obras retrataram toda a loucura do existencialismo humano. Seus personagens são autodestruidores, assassinos, suicidas, loucos e homicidas. Os cenários de seus romances levam os leitores ao que havia de mais miserável e mais repugnante da Rússia do século XIV. Sua obra é tão intrigante que levou o pai da psicanálise Sigmund Freud a escrever um polêmico artigo sobre Dostoiéviski, chamado “Dostoiéviski e o Parricidio”.

Conheça a sua História

Nascido na Rússia na cidade Moscou no dia 11 de Novembro de 1821. Teve seis irmãos e perdeu os pais prematuramente, a mãe morreu após se contagiar com tuberculose e o pai foi assassinado pelos próprios empregados de sua propriedade rural. Epilético, desde criança, sofreu inúmeras crises. Formou-se em Engenharia na Academia Militar de São Petersburgo e adquiriu a patente de Tenente Militar. Ainda na faculdade, escreveu duas peças românticas muito bem sucedidas que levaram Honoré de Balzac a traduzi-las.

Essa tradução o animou, abandonou a carreira militar, e começou a se dedicar de corpo e alma a literatura. Mudou-se para morar sozinho em São Petersburgo. Foi quando escreveu seu primeiro romance “Gente Pobre” que foi muito bem aceito pela crítica literária da época. “Diário de um escritor” lhe trouxe uma fama e um status de revelação da literatura russa com apenas 24 anos.

Em sua época a Rússia vivia uma intensa ditadura imperial. O ditador da época Nicolau I estava mandando exilar todos os participantes de grupos revolucionários. E Dostoiéviski participava de um grupo socialista utópico. Acabou sendo preso em 23 de Abril de 1849, por apenas ler duas cartas em público de um escritor russo inimigo do imperador. Após a prisão foi mandando para um exílio de 8 meses na Sibéria.

Foi condenado ao fuzilamento, e no dia 23 de Dezembro 1849, foi levado juntamente com outros condenados ao lugar de posicionamento. E após os atiradores estarem prontos para executar o fuzilamento, uma ordem do imperador cancelou a execução, obrigando-os condenados a trabalhos forçados.
Em 1854 foi libertado da prisão na Sibéria, sendo submetido a cumprir mais 4 anos de serviços numa fortaleza militar localizada no Cazaquistão. Nesse tempo, casa-se com uma viúva de um amigo seu chamada Maria Dmitriévna Issáieva que já tinha um filho de oito anos com o falecido.

Em 1859 cumpri todas as suas punições e volta a viver na Rússia e termina de escrever uma de suas obras primas: “Memória da casa dos mortos” romance baseado em suas experiências na prisão, este romance foi muito bem aceito e trouxe a tona o seu enorme talento.

Famoso e muito bem financeiramente começou a viajar por cidades importantes da Europa como Berlim, Paris, Londres, Genebra, Turim, Florença e Viena. Frequentava casas noturnas e participava de jogos de cassino. Sendo que seus recursos financeiros se esgotaram voltando para Rússia em 1863. Em 1864 sua esposa veio a falecer.

Em 1866 termina de escrever “Crime e castigo” uma obra prima da literatura universal, onde um jovem estudante Raskólnikov assassina sua vizinha com um machado e consegue esconder o crime, mas vive perseguido por si mesmo pela culpa de ter cometido tal homícidio.

Casa-se novamente com a estenógrafa Anna Grigórievna Snítkina. Daí em diante sua carreira de escritor deslanchou e escreveu vários romances de sucesso entre eles: O jogador, O Idiota, Os Demônios e Irmãos Karamazov este último considerado um dos três romances mais importantes da literatura mundial. Freud declarou que este romance seria “o maior obra literária da história da humanidade”.

Morreu em 9 de Fevereiro de 1881 em São Petersburgo, na Rússia de uma hemorragia pulmonar associado a um ataque epilético que o perseguiu por toda a vida, no mesmo ano que publicou sua maior obra.