As maiores batalhas de todos os tempos

As Guerras Médicas ocuparam todo o século V a.C., com povos gregos – aqueus, eólios, jônios e dórios – lutando contra a expansão do Império Medo-Persa, que ocupou a Mesopotâmia (atual Iraque), a Anatólia (Turquia) e diversas cidades-estado da Grécia. A maior batalha desta guerra, pelo seu simbolismo, ocorreu no desfiladeiro das Termópilas, quando apenas 300 guerreiros espartanos, liderados pelo seu rei Leônidas, conseguiram barrar por dois dias o avanço de um exército de 300 mil persas. Mas os gregos foram traídos e perderam a batalha.

Esta invasão foi uma resposta à primeira Guerra Médica, vencida pelos atenienses na batalha de Maratona (cerca de 490 a.C.). Os gregos, em inferioridade numérica, conseguiram fustigar os soldados persas. Um soldado, Fidípides, foi enviado a Atenas para dar a notícia da vitória. O guerreiro correu 42 quilômetros, e morreu logo depois de narrar os lances da batalha. Em sua homenagem, os jogos olímpicos instituíram a corrida da maratona, que ocorre até hoje.

As guerras púnicas opuseram Roma e Cartago, cidade-estado fenícia no norte da África, entre 264 a.C. e 146 a.C., pela hegemonia sobre o Mediterrâneo. A maior parte da Sicília era habitada por cartagineses. Os romanos tentaram ocupar a região, o que determinou a guerra. Mas a batalha mais impressionante ocorreu no norte da Itália. Cartago ocupou a península Ibérica, atravessou os Alpes e venceu os romanos em várias cidades.

Roma invadiu Cartago, levando a guerra para o solo africano. Aníbal, general cartaginês, foi obrigado a retornar e foi batido na batalha de Zama, por Cipião (“O Africano”).

No século VIII, os árabes avançavam sobre a Europa. Conquistaram a península Ibérica e começavam a ocupar cidades do então Reino Franco. Em 732, no entanto, o imperador Carlos Martel deu um basta: aproveitou-se do frio e das condições topográficas da região, liderou a resistência em Tours e Poitiers e massacrou o exército invasor, matando seu líder Al-Rhadam. Os sobreviventes bateram em retirada.

Dom Sebastião I, de Portugal, reinou no século XVI. O Algarves, no sul português, era controlado pelos árabes. O rei, bastante católico, decidiu-se por uma guerra. No norte de Marrocos, em 1578, tentou bater o mulá Maomé, com apoio do sultão Abdal Malik, destronado pelo mulá.

Os portugueses sofreram uma impressionante derrota na batalha de Alcácer-Quibir, em que o rei foi morto, pondo fim à dinastia de Avis. Portugal perdeu a autonomia durante 60 anos, com a Unificação Ibérica, sob controle da Espanha. a decadência gerou um fato messiânico: o sebastianismo, segundo o qual o rei iria sair do mar para liderar os exércitos. A literatura de cordel nordestina relata diversas batalhas do “rei fantasma”.