Os piores naufrágios da história

Conheça um pouco mais sobre os piores naufrágios da história.

Quando se fala em naufrágio, logo se pensa no Titanic. Neste ano, completam-se 100 anos da tragédia, uma das maiores da história, mas outros naufrágios fizeram mais vítimas.

O RMS Titanic deixou o porto de Southampton (Inglaterra), em sua viagem inaugural, com destino a Nova York, no dia 12.4.1912. Dois dias depois, chocou-se contra um iceberg e naufragou na madrugada do dia 15. Das 2.240 pessoas a bordo, 1.523 morreram. Na época era o maior navio do mundo. O acidente foi debitado ao capitão do navio, mas estudos astronômicos recentes demonstram que a Lua estava num período de máxima aproximação com a Terra, provocando marés altíssimas, fenômeno que poderia ter provocado o deslocamento de um número anormal de icebergs.

Outras grandes tragédias ocorreram. O SS Sultana navegava pelo rio Mississípi, movido por pás de água, em 1865. Três de suas quatro caldeiras explodiram, matando 1.547 pessoas. É o maior naufrágio da história americana, mas o fato teve pouca repercussão, por ter ocorrido poucos dias depois do fim da Guerra Civil e do assassinato do presidente Abraham Lincoln.

Em 2002, na Gâmbia, país da costa da Guiné (África ocidental), Le Joola, uma balsa com capacidade máxima para 580 passageiros, tinha mais de 2.000 pessoas a bordo. Durante uma tempestade noturna, a embarcação partiu-se ao meio e afundou em apenas cinco minutos. O número oficial é de 1.863 mortes.

Em 1948, o barco chinês Kiangya partiu de Xangai levando centenas de refugiados da guerra civil, muito acima da sua capacidade de 1.200 passageiros. Descendo o rio Huangpu, atingiu uma mina (provavelmente instalada durante a Segunda Guerra Mundial) e explodiu. O resgate só conseguiu chegar ao local horas depois do naufrágio, salvando apenas 700 vítimas. 2.750 pessoas morreram no acidente.

Em 1987, a balsa filipina Doña Paz chocou-se com o navio MT Vector, durante uma viagem entre a ilha Leite e Manila. As duas embarcações naufragaram, matando 4.375 pessoas, o maior número de vítimas em naufrágio registrado até hoje, em tempos de paz. Posteriormente, divulgou-se que a balsa não era equipada com rádio.

Além destes, outros naufrágios causaram a morte coletiva de mais de 1.000 pessoas. Em 1915, o navio de passageiros Lusitânia saiu de Nova York levando carga extra a bordo: contrabando de armas e munições para a Irlanda. O navio foi torpedeado por forças alemãs, que lutavam contra a Inglaterra (na Primeira Guerra Mundial), explodiu e afundou em poucos minutos: 1.198 pessoas morreram. Em 1904, o SS General Slocum, que transportava fiéis da Igreja Luterana, sofreu um incêndio. Sem equipamentos de segurança, passageiros e tripulantes tiveram que pular nas águas do East River (Nova York). 1.021 vítimas afogaram-se.