Remédio caseiro contra mosquitos. Muito eficiente!

Trata-se de uma armadilha caseira para afastar e matar moscas e, principalmente, mosquitos. Além de serem insuportáveis, estes insetos transmitem diversas doenças, algumas delas alarmantes, como a dengue, o zika vírus, a febre chikungunya e a febre da floresta, que reapareceu recentemente no Nordeste do país.

Todas elas são transmitidas pelo Aedes aegypti, um mosquito bastante resistente que, entre outras coisas, aprendeu a se reproduzir em água suja (o bichinho, de hábitos diurnos – ele gosta de picar no final da tarde – dava preferência à água limpa, o que não significa que seja potável, mas que houve decantação e a sujeira ficou depositada no fundo do recipiente, que pode ser inclusive uma tampinha de garrafa).

O Aedes aegypti não é o responsável por estas doenças (e também pela febre amarela, eliminada das áreas urbanas). Ele é o vetor dos vírus causadores, todos eles do gênero Flavivírus. Ao picar uma pessoa infectada (apenas as fêmeas picam; no período da reprodução, elas precisam de sangue de mamíferos e aves), o inseto carrega o vírus e pode inoculá-lo em uma pessoa saudável.

 A receita do remédio caseiro contra os mosquitos

Além de ser eficaz, o remédio caseiro contra insetos é barato, fácil de ser formulado e não causa danos ao meio ambiente. Ainda não existem estudos comprobatórios, mas quem fez uso deste veneno garante que ele é um excelente inseticida. Não pode ser utilizado como repelente, mas é muito bom para varandas, terraços e jardins.

Você vai precisar de:

  • uma garrafa pet de dois litros;
  • uma tesoura ou faca;
  • 50 gramas de açúcar mascavo (o refinado não faz efeito);
  • 200 ml de água em temperatura ambiente;
  • uma colherada (sopa) de levedura (pode ser fermento biológico, levedura de cerveja, etc.);
  • um pedaço de tecido escuro.

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Modo de fazer:

Corte a garrafa pet ao meio. Reserve a parte do gargalo, porque ela será utilizada posteriormente.

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Misture a água morna com o açúcar mascavo, para atrair os insetos (eles chegarão em nuvens).

Quando a mistura esfriar, adicione a levedura: ela irá produzir dióxido de carbono (CO2), gás extremamente danoso aos mosquitos. Certifique-se de obter uma mistura homogênea.

Encaixe o gargalo, forre com o tecido (que pode ser substituído por cartolina preta) e pendure em local próximo à agua (calhas, torneiras de rega, etc.).

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O vídeo mostra passo-a-passo:

Fique atento!

Todos nós temos a sensação de que os mosquitos se multiplicam exponencialmente durante o verão, e este é um fato real. Além das temperaturas mais elevadas, a maior precipitação das chuvas oferece condições ideais para a procriação.

É importante lembrar que este repelente caseiro – assim como todos os demais – não impede a proliferação dos mosquitos, apenas reduz provisoriamente a presença destes incômodos vizinhos à nossa volta. Quando a população de mosquitos cresce excessivamente (em períodos muito quentes e chuvosos, por exemplo), a eficácia do tratamento pode ficar comprometida.

As armadilhas caseiras contra os mosquitos, na verdade, são uma forma de produção de criadouros: a mistura de água, açúcar e levedura é um chamariz para os bichinhos. Muitos serão mortos – a maioria, aliás – mas alguns conseguirão sobreviver, tornando-se potenciais vetores de doenças.

Algumas espécies (incluindo o Aedes aegypti) precisam de apenas oito dias, da postura à eclosão dos ovos. Em pouco mais de uma semana, as larvas se transformam em novos mosquitinhos, prontos para fazer o que a natureza determina: crescer e multiplicar. Mesmo com o remédio caseiro contra insetos, a casa deve ser inspecionada uma vez a cada semana.

Além disto, é muito importante:

  • retirar objetos descartáveis e que possam acumular água (pneus, pratinhos de vasos, etc.);
  • furar os vasos plásticos, para impedir que a água fique empoçada. Os pratos podem ser preenchidos com areia ou simplesmente furados;
  • evitar as plantas d’água na decoração interna e externa;
  • nas casas térreas, verificar a tampa da caixa d’água, que precisam vedar completamente o recipiente;
  • manter os ralos externos permanentemente tampados;
  • trocar a água dos bebedouros de cães e gatos de duas em duas horas;
  • baixar a tampa dos vasos sanitários quando não estiverem sendo utilizados.

 Dengue, zika, chikungunya e outras…

A dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti apresentam sintomas semelhantes. No caso da dengue, os sinais são mais intensos, mas as febres zika, chikungunya e da floresta também revelam febre, diarreia, enjoos, dor nas articulações e dor de cabeça (atrás dos olhos).

Os exames de laboratório são fundamentais para o diagnóstico. Não existe tratamento específico para a dengue; as equipes de saúde apenas cuidam de amenizar os sintomas. É importante não tomar medicamentos à base de AAS (a popular aspirina) e anti-inflamatórios não esteroides (os AINEs: ibuprofeno, piroxicam, diclofenaco, paracetamol, etc.).

Estes medicamentos possuem efeito anticoagulante, fator preocupante nos casos de dengue hemorrágica (que pode ser letal), geralmente determinada na segunda infecção da dengue, cujo vírus transmissor apresenta quatro subtipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).

Os estudos sobre as febres zika, chikungunya e da floresta ainda são incipientes. Apesar disto, uma vacina contra o zika vírus estar recebendo forte atenção das autoridades públicas de saúde, em função da vinculação do germe à microcefalia, que é fatal ou, ao menos, extremamente incapacitante.

A doença, endêmica na África, Ásia e Oceania, chegou ao Brasil em 2015, provavelmente trazida por turistas estrangeiros que vieram assistir aos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014. Desde então, a doença se espalhou por toda a América.

Inicialmente, a febre zika foi tratada apenas como uma forma atenuada de dengue, até que surgiram os primeiros casos de microcefalia, que pode causar déficit intelectual, atraso no desenvolvimento motor e da fala, prejuízos ao desenvolvimento do corpo.