O misterioso Reino de Agartha

Melquidesec é o soberano do Reino de Agartha, de onde governa o mundo. Místicos associam este rei ao personagem bíblico homônimo que teria vivido à época do Abraao, por volta do século XIX a.C. Melquidesec foi o rei de Salém e, de acordo com a lenda, não tinha ascendência nem filhos. Este rei seria o ser mais elevado da Terra.

O mito da existência de uma terra onde os melhores ideais da humanidade são realidade é comum à maioria das culturas antigas. Pessoas elevadas e puras teriam acesso a esta terra oculta. Agartha é um desses reinos, de acordo com a tradição budista tibetana. A lenda foi popularizada no Ocidente pela fundadora da teosofia, Helena Blavatsky; de acordo com a pesquisadora mística, Agartha é o berço de um Messias que surgirá no fim do atual ciclo da humanidade.

A busca pelo conhecimento reservado aos puros e bons foi motivo para várias escolas esotéricas no Oriente, Egito e Grécia e os primeiros rosacruzes designavam o reino subterrâneo pelo vocábulo Vitriol, iniciais em latim de “no interior da Terra está oculto o verdadeiro mistério”.

Milhões de pessoas, provenientes das lendárias Atlântida e Lemúria, vivem em Agartha, que é formado por uma cidade central e sete outras que a circundam. A capital é Shamballah. O reino tem 22 templos, mesmo número dos arcanos maiores do tarô. Noutras versões, Shamballah seria outro reino subterrâneo, independente de Agartha e bem mais antigo, mas baseado nos mesmos princípios de ética e espiritualidade.

O Brasil teria passado a ser um reino agarthino quando transferiu sua capital para a região central do país, próximo ao centro geodésico da América do Sul, que fica em Barra do Garças, Mato Grosso, onde está uma das entradas para os mundos subterrâneos, de acordo com os místicos da Geosofia, ou geografia sagrada. Outras entradas brasileiras seriam a pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, e o Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí. No entanto, as principais aberturas estariam nos polos Norte e Sul.

Apesar da alegada ancestralidade oriental, a primeira citação de Agartha na literatura foi feita pelo francês Louis Jacolliot, em 1873, que identificou o reino com Asgard, morada dos deuses nórdicos.

A Geologia já demonstrou a impossibilidade da teoria da Terra oca e conhece bem as várias camadas que formam o planeta: não há espaço para cidades no subterrâneo. Algumas poucas pessoas podem viver em cavernas, mas milhões vivendo em casas de cristal tornam a teoria ainda mais inviável.