Mistérios da história nunca solucionados

Engraçados, misteriosos, chocantes. Alguns mistérios da história nunca foram solucionados e continuam atraindo curiosidade e mesmo muitas técnicas científicas de investigação. Aparentemente, porém, eles vão continuar envolvidos em um véu de mistério.

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Algumas produções literárias simplesmente não podem ser lidas. O Manuscrito de Voynich é um deles. Com 250 páginas e datado pelo exame de carbono 14 como tendo sido redigido em 1400 (há mais de 600 anos), o livro apresenta várias seções e é muito bem ilustrado.

Mas é ilegível. O autor desconhecido usou uma escrita até hoje não decifrada.

Aldeia fantasma

Em 1587, cem pessoas lideradas por John White aportaram na ilha Roanoke (na atual Carolina do Norte, EUA). O projeto era estabelecer uma colônia inglesa permanente no Novo Mundo. Um mês depois da chegada, no entanto, foi necessário retornar à Inglaterra, para trazer víveres. Os índios da região eram bastante agressivos, o que tornava a caça e pesca bastante arriscadas.

Cruzar o Atlântico no século XVI era uma tarefa arriscada, mas John White, com 15 homens, embarcou. Ao chegar ao arquipélago dos Açores, no entanto, apenas cinco homens estavam em condições de trabalhar. Para piorar a situação, o piloto Simon Fernandez não tinha pressa de chegar: preferia encontrar navios espanhóis para saquear.

Mesmo chegando à Inglaterra, os problemas não terminaram. A Invencível Armada (a frota espanhola que atacava as ilhas britânicas) impedia a aproximação de uma frota de resgate. Os barcos pequenos que poderiam levar os marinheiros demoraram quatro meses.

White só conseguiu voltar para Roanoke três anos depois. Os ingleses identificaram fumaça e imaginaram que era um sinal dos colonos.

Mas não foi encontrado qualquer vestígio das pessoas que permaneceram na América. Não havia sinais de batalha, nem de violência.

Pouco depois, o líder voltou definitivamente para a Inglaterra. Os colonos nunca foram achados.

A entrada do mal

Os vértices do mal correspondem a 12 regiões do planeta: polo Norte, polo Sul, três grandes áreas do Pacífico, a costa de Moçambique, quase todo o continente indiano e duas áreas do Atlântico – aí incluído o Triângulo das Bermudas.

Nestas regiões ocorreram dezenas de naufrágios, quedas de aviões e desaparecimentos inexplicáveis. Apesar de o Triângulo ser o mais famoso, os mistérios aconteceram também no vale do Indo, Paquistão, Atlântico Sul, Timbuktu, Argélia e mar do Diabo, próximo ao Japão.

O navio fantasma

Em 1872, o bergantim Mary Celeste foi encontrado à deriva, na entrada do estreito de Gibraltar. Não se sabe o que aconteceu com sua tripulação, nem os motivos para ter sido abandonado. O navio havia sido construído 11 anos antes, no Canadá.

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No ano desaparecimento, Mary Celeste transportava uma carga de barris de álcool com destino a Gênova, Itália. Tripulantes do Dei Gratia encontraram o navio e rebocaram-no para Gibraltar, onde chegaram a ser acusados de pilhagem e assassinatos. Eles receberam apenas um sexto do valor da recompensa, prova de que as autoridades não ficaram muito convencidas.

O navio foi recuperado e continuou transportando cargas por 12 anos. Em 1885, o Mary Celeste foi propositalmente afundado pelo seu último capitão, na costa do Haiti. Ele queria receber o seguro por naufrágio. Os restos da embarcação foram encontrados por mergulhadores em 2001.

Bola de fogo no céu

Em 1908, uma área equivalente a duas vezes a região metropolitana de são Paulo (que tem quase oito mil quilômetros quadrados) foi devastada por uma imensa bola de fogo. O impacto foi equivalente a 15 a 20 megatons de bombas atômicas (mil vezes mais forte do que a bomba de Hiroshima). O acidente ocorreu no deserto de Tunguska, na Sibéria.

A explicação oficial, durante muitos anos, foi a queda de um meteoro, mas a falta de uma cratera no centro do terreno destruído obrigou os cientistas a abandonar a tese. A hipótese mais provável é a formação de uma coluna de ar quente que colidiu com um meteoroide ou fragmento de cometa, mas não faltam explicações mirabolantes, como a queda de um objeto voador não identificado.

A mulher de Babushka

O assassinato de John F. Kennedy, então presidente dos EUA, em 1963, chocou o mundo inteiro. Horas e dias depois da tragédia, policiais e agentes vasculhavam as ruas de Dallas, no Texas, em busca de informações que ajudassem a elucidar o caso.

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É aí que entra em cena a mulher de Babushka. O presidente desfilava em carro aberto e centenas de americanos foram avistá-lo e tentar tirar um foto. Nas imagens recolhidas pelas autoridades, aparece uma mulher com sobretudo e lenço, aparentemente com um câmera fotográfica. O apelido “Babushka” foi dado em função do tecido russo do casaco.

Em 1970, o mistério para estar solucionado. Uma mulher chamada Beverly Oliver apresentou-se à polícia dizendo ser a mulher de Babushka. Ela alegou que sua câmera havia sido confiscada e nunca devolvida, por isto não se apresentou.

No entanto, Beverly indicou como sendo sua uma câmera que começou a ser fabricada anos antes do assassinato. Além disto, ela tinha 17 anos em 1963 e a mulher flagrada no meio da multidão era muito mais velha.

Está tudo nos astros

No final da década de 1960, um serial killer causou pavor na população do norte da Califórnia (EUA). Ao menos cinco pessoas foram mortas por ele em dez meses (o número pode ser bem maior, mas as técnicas de investigação da época não conseguiram encontrar todas as vítimas). Ele ficou famoso por deixar mensagens com insultos e enigmas que provavelmente poderiam revelar a sua identidade, além de signos do zodíaco.

Havia um suspeito principal na época: Arthur Allen, mas a polícia não conseguiu reunir provas contra ele, quem nem foi a julgamento.

Em 2008, um homem de Sacramento disse à polícia que tinha evidências contra o seu padrasto: um capuz preto, uma faca com sangue, escritos ininteligíveis e rolos de filme fotográfico foram periciados, mas o caso está suspenso. Por enquanto, o assassino do zodíaco é autor de crimes perfeitos.

Sequestro

Carlinhos tinha dez anos em 1973, quando foi sequestrado no Rio de Janeiro, onde morava com a família. Era um crime tão improvável que a imprensa da época passou a tratar como rapto – nem mesmo a palavra correta estava sendo utilizada; rapto é o ato de sequestrar uma mulher com o objetivo de manter relações sexuais com ela.

A imprensa era bem amadora naqueles tempos. O sequestrador enviou um bilhete com data e hora para o pagamento do resgate, que foi publicado no jornal “O Globo”. O preço da insensatez: centenas de curiosos apareceram no local, mas os criminosos nunca mais foram vistos.

Com mais de 40 anos do caso, muitas hipóteses surgiram, como várias pessoas se apresentando para exames de DNA e a acusação de que o próprio pai estaria envolvido no sequestro.

Avião desaparecido

Não se trata do Boeing 777 da Malaysia Airlines (cujas buscas oficiais se encerram em abril de 2014), mas de um avião cargueiro da antiga Varig – Viação Aérea Rio-Grandense. Em 1979, o Boeing 707 deixou o Aeroporto de Narita, no Japão, com destino ao Rio de Janeiro. Entre outros itens, ele transportava 153 quadros de Manabu Mabe (avaliadas na época em mais de US$ 1,2 milhão), que voltavam de uma exposição no Japão.

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Logo depois de decolar (exatos 22 minutos), o piloto entrou em contato com a torre de controle e não relatou nenhum problema. O segundo contato não chegou a ser feito. O avião desapareceu sobre o oceano Pacífico. As autoridades não encontraram sinais da queda, destroços nem corpos. É um dos maiores mistérios da aviação.