Os limites do corpo humano

Qual o limite do seu corpo? Em situações extremas, muito frio ou calor, sede ou fome, grandes altitudes ou profundidades ou simplesmente não conseguir respirar, já são suficientes para uma pessoa saudável morrer. Mas até quanto nosso corpo suporta a esses extremos? Há pessoas mais preparadas do que outras para viverem no limite e não sofrerem grandes danos ou até mesmo morrer?

A seguir, você verá até que ponto um ser humano comum consegue suportar uma vida aos extremos do corpo e por que muitas pessoas conseguem sobreviver a situações bem complicadas e dar a volta por cima.

Sedentário e forte

Ao contrário do que muitos acham, uma pessoa tida como sedentária, também pode muito bem, se adaptar a situações extenuantes. Por exemplo, uma pessoa com 1,70 de altura e 70 kg, que não pratica esporte e nem tenha equipamentos de sobrevivência no meio de uma selva ou geleira, consegue sobreviver alguns dias em condições preocupantes mas bem.

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O que os médicos dizem a respeito disso é que o corpo humano se adapta a várias condições naturais, se modificando para regular a pressão dentro dos vasos sanguíneos, o volume de água corporal, além da temperatura e oxigênio.

Mas até onde um sedentário pode ir? Vamos a alguns curiosos casos de pessoas que conseguiram sobreviver a situações extremas com seus corpos humanos nada treinados.

Sede e fome

Uma pessoa consegue suportar até 4 dias sem água, porém o mexicano Pablo Valencia conseguiu superar esse limite do corpo humano, ficando sem beber 7 dias no deserto do Arizona nos Estados Unidos.

O máximo que uma pessoa consegue ficar sem comer são 30 dias, mas aí já não há gordura suficiente para o organismo se manter e ocorre desmaios e até a morte. Porém para o brasileiro Erikson Leif, 51 dias foi seu limite. O jejum prolongado levou o homem que pesava 103 kg a 78,5kg rapidamente.

Calor e frio

Não há registros de quais pessoas conseguiram suportar mais que 50 graus de calor, mas essa é a marca que um corpo humano comum consegue agüentar. Sensores na pele enviam para o cérebro a mensagem que o corpo está se aquecendo demais, dessa forma o hipotálamo que serve como um termostato do corpo, envia outra mensagem ao corpo para produzir suor e resfriá-lo. Se o corpo passar de 42 graus, o cérebro começa a sofrer lesões que podem ser irreversíveis.

No caso do frio o corpo consome mais energia para que a temperatura não abaixe além de 36 graus. Com 32 graus, o coração começa a ficar fraco e bombear menos sangue que fica denso, aos 20 graus ou menos, a pessoa morre.

Sem respirar

Tem louco pra tudo, assim como um francês que conseguiu descer 171 metros de profundidade sem respirar. Com cilindros de oxigênio o recorde é de mais de 300 metros. Uma pessoa sedentária consegue no máximo descer 3 metros. Quanto mais tempo uma pessoa fica sem respirar, maiores as chances dela sofrer um infarto e morte cerebral.

Alto demais

A altitude também pode matar, ou deixar seqüelas irreversíveis. Quanto mais alto, menos oxigênio existe e portanto o corpo começa disparar as células localizadas nas artérias do pescoço que para compensar a falta de ar, aceleram a respiração. Em 1978 dois austríacos chegaram ao topo do Everest há 8.850 metros, sem oxigênio suplementar.