Ilha do Mel: você escolhe se quer agitação ou sossego

Um dos melhores locais do litoral do Brasil é a ilha do Mel, situada ao largo da baía de Paranaguá. A ilha consegue unir sossego para quem quer relaxar, praias tranquilas para quem viaja em família e points de mergulho e surfe. A ilha é uma reserva natural de proteção integral à flora e fauna. Nem sequer é permitido o tráfego de veículos motorizados.

A produção apícola na ilha é antiga: os índios carijó já apreciavam o mel da ilha, quando os europeus ali aportaram. No século XVIII, foi construída foi a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, hoje em ruínas, para defender o Porto de Paranaguá.

Para chegar à ilha do Mel, é preciso tomar um barco em Paranaguá ou Pontal do Sul. Para passear, barcos de pescadores transportam turistas das vilas de Nova Brasília a Encantadas, mas não deixe de fazer o trajeto a pé, passando pelas praias Grande e do Miguel, bons points para mergulho. As vilas oferecem áreas de camping, pousadas e restaurantes caseiros. À noite, os bares tocam forró e reggae e há luaus que só terminam de madrugada.

Um pouco antes do fim desta trilha, você encontra a gruta das Encantadas, no sul da ilha (só é possível chegar na maré baixa). Conta a lenda que, em noites de lua cheia, lindas mulheres atraem os homens com seu canto. Eles entram na gruta e nunca mais são vistos.

A praia de Fortaleza é praticamente vazia. Quem quer apreciar o mar, ficar tranquilo, meditar, já sabe qual o destino. Encantadas reúne os adolescentes e jovens: é o local perfeito para paquerar, ver e ser visto. Os surfistas vão direto para a praia Grande, conhecida por suas ondas fortes. A ilha do Mel tem apenas 27,5 quilômetros quadrados, mas oferece 35 quilômetros de praia.

Para visitar as ruínas, o ideal é alugar uma bicicleta em Nova Brasília: a caminhada leva cerca de uma hora, mas a vista compensa qualquer esforço. O Farol das Conchas, construído no século XIX, no lado leste, oferece o melhor pôr-do-sol da ilha.

Quando você for, lembre-se de levar lanterna, porque não há iluminação pública, repelentes contra insetos, sacar dinheiro antes de embarcar, porque não há bancos na ilha e a maioria dos estabelecimentos não aceita cartões, chapéu ou boné e protetor solar. O acesso à ilha é restrito ao máximo de cinco mil turistas.
Prepare-se para longas caminhadas.