Como cumprir as resoluções de ano novo

A história se repete: em cada ano novo, muita gente estabelece novas metas: são as famosas resoluções de ano novo: parar de fumar, emagrecer, praticar exercícios, obter um novo emprego e muitos outros projetos são delineados, para serem abandonados em menos de dois meses.

Mas não é preciso que seja assim. Com algumas dicas práticas, é possível cumprir as resoluções. Em primeiro lugar, é preciso ter em mente um conselho de especialistas em psicologia: a ação é anterior à motivação. Em outras palavras, quem espera se motivar para começar a correr ou pedalar, nunca irá conseguir abandonar o sofá e o controle remoto. Começar a fazer os exercícios, mesmo que de forma tímida, é a melhor maneira de atingir as metas traçadas.

Seja objetivo

É preciso evitar desculpas como “começar depois das férias” ou “assim que as crianças voltarem para a escola”. O adiamento de planos enfraquece a determinação.

Quem está decidido a mudar sua rotina deve começar imediatamente. Um fator que ajuda é definir criteriosamente as etapas: por exemplo, quem quer abandonar o fumo precisa estabelecer a redução do número diário de cigarros num prazo mínimo (uma semana, por exemplo) e marcar uma data limite para abandonar o vício.

Deixar de fumar provoca ansiedade, depressão, queda da criatividade. Isto, no entanto, dura poucos dias. A melhora na capacidade respiratória, no paladar e na disposição física são benefícios que compensam amplamente a fissura experimentada. Além disto, os benefícios para a saúde no médio prazo não podem ser desprezados.

É importante não criar metas inexequíveis. Quem manteve sobrepeso por muitos anos dificilmente conquistará um corpo de top model. O emagrecimento será um processo natural, até que se atinja um peso compatível com a altura e outras características, como a idade e condições de saúde.

Uma meta realista para quem deseja manter uma alimentação mais saudável é o consumo de frutas, por exemplo. Basta estabelecer a ingestão de três porções diárias: as frutas proporcionam saciedade, o que reduz as possibilidades de “assaltos” à geladeira e visitas frequentes às lanchonetes fast food.

Depois deste primeiro passo, verduras e legumes podem ser incluídos no cardápio dos “carnívoros”. Novos hábitos devem ser introduzidos lentamente, ou não serão incorporados à rotina definitivamente.

Os desafios

Quem se decide a abandonar velhos (e nocivos) hábitos tem que saber que a resolução é um grande desafio, que pode não ser vencido no “primeiro round”. Procurar a reeducação alimentar pode esbarrar em pizzas e churrascos não previstos, que arrasam a dieta. Exercícios físicos diários podem ser prejudicados por dias chuvosos, e assim por diante.

O importante, porém, é não desistir. Mesmo com pequenas derrotas, é necessário fortalecer-se, identificar o que determinou a “recaída” e usar estes elementos para continuar perseguindo o objetivo desejado. Errar é humano, persistir no erro é burrice.

Um elemento que ajuda bastante é partilhar as resoluções. Quem diz para a família e colegas de trabalho que pretende se tornar mais organizado está “chamando testemunhas” e praticamente fica obrigado a cumprir as metas. O homem é um ser gregário e ressente-se da avaliação negativa das pessoas próximas.

Organizar um diário para registrar as conquistas é muito útil: aumenta a autoestima e combate os períodos de desânimo. Outra providência importante é estabelecer recompensas: o gordinho que perde 1kg em uma semana “merece” um bombom, de preferência de chocolate meio amargo, para não pôr tudo a perder; o consumista que passou um mês resistindo às compras de impulso pode dar-se ao luxo de adquirir um item novo. Preferencialmente, deve sair de casa apenas com pouco dinheiro, sem cartões bancários nem talões de cheque.