A história dos videogames

O primeiro videogame foi desenvolvido por três colegas do Instituto Ingham de Massachusetts (EUA), viciados em ficção cientítifica: Slug Russel, Wayne Witanen e Martin Graetz, em 1962: foi o Spacewar. Alguns anos antes, já havia alguns programas que quicavam bolinhas ou empilhavam tijolos. A diferença do Spacewar, jogado através de uma conexão com um computador, é que pela primeira vez duas pessoas podiam interagir e os comandos eram revolucionários para a época: duas alavancas, para avançar ou recuar e para controlar a velocidade, e um botão para atirar nas espaçonaves alienígenas.

Antes disso, várias tentativas de criar um videogame foram tentadas. Um “dispositivo de entretenimento com tubo de raios catódicos” foi patenteado nos EUA, em 1947; em 1951, foi lançado o computador Nimrod, na Inglaterra; o OXO, jogo da velha para computador, foi desenvolvido em 1952 e o Tennis for Two, em 1958.

Mas estes videogames ainda eram caros demais para serem viáveis comercialmente. Somente dez anos depois do Spacewar chegou o primeiro console ao mercado americano: o Odissey (no Brasil, no fim da década de 1970, como o nome de Telejogo). Os videogames da época exigiam muito da imaginação dos jogadores: pontos na tela eram bolas, foguetes, mísseis… Os jogos eram muito semelhantes entre si.

Em 1978, surgiu o que muitos consideram o precursor dos videogames: o Atari (no Brasil, cinco anos depois). O Atari não é o primeiro, mas foi o responsável pela popularização dos jogos eletrônicos. Na década de 1980, havia centenas de empresas americanas produzindo jogos para o console. Mas a empresa Atari não conseguiu se adaptar aos jogos da terceira geração (de oito bits) e acabou falindo. No início dos anos 1990, a empresa ainda lançou o console Jaguar (caro demais para a época e sem ninguém interessado em desenvolver jogos para ele) e o portátil Lynx, que nunca foi tão popular como o rival Game Boy.

Quem assumiu a liderança foi a Nintendo, numa disputa acirrada com a Sega, que desenvolveu uma plataforma de 16 bits. A Sega tinha mais jogos, mas os gráficos da Nintendo eram mais nítidos. A Sega lançou um console de 32 bits e a Nintendo chocou o mundo com um de 64 bits. Então a Sony lançou o PlayStation, com uma biblioteca de jogos, e vendeu 100 milhões de unidades.

A penúltima geração de videogames trouxe o PlayStation 2, com jogos em DVD, o Gamecube, da Nintendo, e o Xbox, da Microsoft.

A última geração já é deste século: o PlayStation 3, o Wii (Nintendo) e o Xbox 360, com gráficos cada vez mais nítidos e detalhados e vários jogos com roteiros que já inspiraram mais de um filme.